É tempo de júbilo em nossa vida

Neste ano jubilar de 2025, a Semana Nacional da Família, que se realizará de 10 a 16 de agosto, nos convida a refletir sobre o tema: “É tempo de júbilo em nossa vida”, com o lema: “Ora a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5).

O Papa Francisco na Bula Spes Non Confundit (A Esperança não decepciona), diz: “Com efeito, a esperança cristã não engana nem desilude, porque está fundada na certeza de que nada e ninguém poderá jamais nos separar do amor divino”. Deus tanto nos ama que veio habitar no meio de nós na pessoa de seu filho Jesus Cristo, através da família de Nazaré. Com isto, revelou a dignidade da família humana, e como esta é fundamental no seu projeto de salvação.

Sendo a esperança a mensagem central deste ano jubilar, somos chamados a celebrar a Semana Nacional de Família em sintonia com a Igreja, trazendo presente as alegrias e desafios enfrentados pelas famílias no tempo presente.

Preparada e motivada pela Comissão Nacional Vida e Família da CNBB, esta semana tem por objetivo ajudar as famílias a serem verdadeiras igrejas domésticas, através da oração, da leitura orante das Sagradas Escrituras, de uma espiritualidade que as ajude a superar os obstáculos com fé e esperança, se engajando na vida da comunidade. As famílias devem descobrir que faz parte da sua missão, serem peregrinas de esperança. Para isto, cada diocese é motivada a viver e celebrar esta semana, promovendo eventos, encontros de oração, meditação e reflexão sobre as realidades familiares.

Este é um momento forte de evangelização. “É preciso fazer-lhes experimentar que o evangelho da família é a alegria que enche o coração e a vida inteira, porque em Cristo somos libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento (EG, nº 1). Por isso, a necessidade de um trabalho pastoral que leve alegria, vida e esperança, onde muitas vezes e por diversos fatores não há.

A valorização da família exige de nós um compromisso maior com a vida, pois a família deve ser também santuário da vida, estando aberta para acolher a vida como dom de Deus. Assim como a família, a vida precisa ser acolhida, defendida e protegida em todas as suas etapas, ou seja, desde o ventre materno até o seu fim natural. Trabalhemos em favor das famílias! Lutemos pela vida!

A exortação apostólica Amoris Laetitia, do Papa Francisco, que fala sobre a importância do amor na família, destaca também que cabe à família ser transmissora da fé e dos valores cristãos, ressalta que esta é crucial para a Igreja e célula vital da sociedade.

A Pastoral Familiar, demais pastorais, movimentos e serviços são chamados a trabalhar juntos, intensificando seus esforços no cuidado e no amor com as diversas realidades familiares, sendo portadores de esperança e vida, acolhendo a diversidade de realidades familiares, se compadecendo daquelas que sofrem e evangelizando com alegria. Assim, a família é colocada no centro da evangelização da Igreja. Ela necessita ser cuidada, acolhida, olhada com o mesmo olhar que Cristo sempre teve para com todos, especialmente os mais vulneráveis.

O Papa Francisco ainda afirma na Amoris Laetitia que a lógica pastoral da Igreja deve ser marcada por “um discernimento cheio de amor misericordioso, que sempre se inclina para compreender, perdoar, acompanhar, esperar e sobretudo integrar”.

Santo Agostinho disse que três coisas devem marcar qualquer modo de vida: “Crer, esperar e amar”. Eis as razões pelas quais devemos continuar trabalhando para que todas as famílias tenham melhores condições de vida, sendo valorizadas e respeitadas em sua dignidade.

 

Palmeira d’Oeste, 01 de agosto de 2025

 

Pe. Maximiano Pelarim Neto

Assessor Diocesano da Pastoral Familiar

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