Brasileiras no Haiti: esperança e receio com o fim da missão da ONU

As missionárias brasileiras que atuam no Haiti expressaram esperança e receio com o fim da Minustah, a Missão de Estabilização das Nações Unidas no país. A missão, comandada pelo Brasil, será encerrada no dia 15 de outubro.

“Estamos querendo manter a esperança de que o País  consiga caminhar  com as próprias pernas. Mas, ao mesmo tempo, com medo de que cresça a violência”, declarou a Ir. Goreth Ribeiro.

Ir. Goreth integra o projeto intercongregacional promovido pela Cáritas, CNBB e a RCB Nacional, presente no Haiti desde o terremoto de 2010. Para ela, a polícia local deve receber ainda mais treinamento. “Mas só iremos constatar  depois. Estamos tentando manter a esperança de que virão dias melhores e que Deus esteja junto desse povo  tão  sofrido”, acrescentou Ir. Goreth à Rádio Vaticano.

Oportunidades
A menos de três meses do fechamento da Missão, o país permanece no caminho de estabilização e consolidação democrática: esta é a avaliação da representante especial do secretário-geral da ONU no Haiti, Sandra Honoré, que falou na terça-feira ao Conselho de Segurança. Com o fim da Minustah, terá início a transição para uma missão menor de manutenção da paz, que será conhecida como Minujusth.

Segundo Honoré, para que o país aproveite ao máximo as oportunidades que surgiram após o processo eleitoral, serão necessárias medidas adicionais para consolidar a segurança e a estabilização dos últimos anos.

Ações também seriam necessárias para criar uma melhor coesão social e política e reforçar assim as instituições de Estado para que estas possam atender às necessidades do povo haitiano.

Neste momento de transição até o fechando da Missão, Honoré defendeu que serão fundamentais a parceria da comunidade internacional com o Haiti e o contínuo e coordenado apoio à agenda de reforma do país.

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